terça-feira, 31 de outubro de 2023

O tomate


O tomate
é a hortaliça mais consumida e está no dia a dia dos brasileiros e, e também em outras nacionalidades, como a Itália.

Apesar de ser popular na Itália, o tomate não é originário da Europa, e sim das Américas. De acordo com o pesquisador da Embrapa, "o tomateiro é nativo da região Andina, englobando o Peru, Norte do Chile e Equador.

A palavra "tomate" vem de "tomatl", como era conhecida a fruta entre os astecas.

No século 16, na chegada dos espanhóis, o cultivo estava amplamente difundido no México e foi então levado para a corte espanhola.

No século 17, os italianos foram os primeiros a cultivá-lo para seu consumo, em Nápoles.

Mas o fruto tem outras e diversas curiosidades que às vezes passam despercebidas:

1 - É uma fruta:
Muitos acham que o tomate é um legume por fazer parte da salada, mas ele é uma hortaliça do tipo fruta, mesmo sem o sabor doce. "Essa é uma confusão bastante comum. Isso porque o tomateiro é uma planta fanerógama, com flor.

2 - É bastante nutritivo:
O tomate típico de coloração vermelha é rico em acido ascórbico (vitamina C). Também fornece pro-vitamina A em pequenas concentrações e é uma boa fonte de vitaminas do complexo B e dos minerais cálcio e potássio.

3 - Pode evitar alguns tipos de doenças:
Por ser rico em carotenoide licopeno, que confere a cor vermelha típica dos frutos, o tomate tem propriedades que evitam o desenvolvimento de diversos tipos de doenças.

4 - Demorou em chegar à Europa:
Apesar da fama dos molhos italianos, o tomate só chegou à Europa no século XVI. E no início, eles não eram comidos, mas usados como decoração nas mesas de banquetes. Os italianos foram os primeiros a usar tomate como comida. Por lá, chamaram a fruta de "pomo d'oro" (pomo de ouro).

5 - O Brasil cultiva quase todas as suas variedades:
Os tipos mais populares são os tomates caqui (longa-vida ou convencional), tomate Santa Cruz/Santa Clara/Débora, tomate Italiano ou Saladette, tomate mesa rasteiro, tomate cereja e tomate grape. As principais diferenças estão no formato e tamanho dos frutos.

O Brasil produz cerca de 4 milhões de toneladas por ano de tomate. O valor da produção se aproxima de R$ 9 bilhões. A produtividade média é da ordem de 70 toneladas por hectare. Existem aproximadamente 50 mil produtores de tomate no Brasil.

6 - Existem tomates mais indicados para molhos ou saladas:
Na hora de escolher qual tomate comprar, leve em consideração que alguns tipos são melhores para molhos, in natura nas saladas ou outros usos:
- Tomate caqui (longa-vida ou convencional): consumo in natura
- Tomate Santa Cruz/Santa Clara/Débora: consumo in natura e molhos caseiros
- Tomate italiano/saladette: consumo in natura, molhos caseiros e tomate seco
- Tomate mesa rasteiro e tomateiro industrial: consumo in natura, molhos caseiros, extratos, ketchup
- Tomates cereja e grape: consumo in natur.

7 - Molhos e extratos concentram mais licopeno:
O tomate pode ser consumido de múltiplas maneiras. "No entanto, pensando no aproveitamento do licopeno, os molhos caseiros e extratos concentram mais esse antioxidante (que é termoestável)".

Para o primeiro prato de macarrão com molho de tomate, foi preciso esperar até 1839, quando Ippolito Cavalcanti codificou, em dialeto napolitano, a receita do vermicelli co' le pommodore em seu tratado Cucina Teorico-Pratica.

8 - Outros usos:
Além das comidas, o tomate também faz suco e drinks como o Bloody Mary que leva molho inglês, pimenta e vodca.

 Fontes: Embrapa e internete.

Post(323)- Outubro de 2023

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Memoria

 A memória é contrária ao tempo. Enquanto o tempo leva a vida embora como vento, a memória traz de volta o que realmente importa, eternizando momentos.


Crianças têm o tempo a seu favor e a memória ainda é muito recente. Para elas, um filme é só um filme; uma melodia, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.

Diante do tempo, envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente parte. Porém, para a memória, ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis.


Nossos filhos são crianças, nossos amigos estão perto, nossos pais ainda vivem.

Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente. Quando nos damos conta, nossos baús secretos – porque a memória é dada a segredos – estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.

A capacidade de se emocionar vem daí, quando nossos compartimentos são escancarados de alguma maneira.

Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você – foi o fundo musical de um amor, ou a trilha sonora de uma fossa – e mesmo que tenham se passado anos, sua memória afetiva não obedece a calendários, não caminha com as estações; alguma parte de você volta no tempo e lembra aquela pessoa, aquele momento, aquela época.

Amigos verdadeiros têm a capacidade de se eternizar dentro da gente. É comum ver amigos da juventude se reencontrando depois de anos – já adultos ou até idosos – e voltando a se comportar como adolescentes bobos e imaturos.