sábado, 23 de maio de 2009

Saber ouvir

Tão importante quanto saber falar é saber ouvir. Muitas vezes somos traídos por falar sem pensar ou responder ao nosso interlocutor sem que este tenha concluído o seu pensamento.

Quantas vezes ficamos impacientes enquanto o outro procura fazer-se entender fazendo com que este pare de falar, sem completar o que ia dizer.

Reflita como estão as suas relações interpessoais. Saber ouvir exige concentração e atenção para a busca do entendimento.

O diálogo nem sempre é fácil, envolve a disposição de escutar novas ideias, muitas vezes conflitantes com a nossa. Temos que ter suficiente humildade para reconhecer nossas imperfeições e admitir os fundamentos das ideias que não são nossas.

Ouvir é muito diferente de escutar. Escutar é o uso puro e simples da audição;

Ouvir vai muito além, ouvir é uma atitude que envolve atenção e esforço para o entendimento. Vivemos imersos em cogitações pessoais e talvez por esta razão a maioria de nós ouve mal ou simplesmente não ouve.

Sugiro alguns pontos que podem nos ajudar a ser um melhor ouvinte:

– Fale menos, você ouve melhor quando não esta falando;

– Não interrompa o seu interlocutor;

– Ouça primeiro e contra-argumento depois;

– Acalme a sua mente! Não discuta mentalmente enquanto ouve;

– Pergunte quando não entender, ao final da explanação, não durante;

– Olhe nos olhos enquanto conversa e encoraje o outro a continuar falando;

Saber ouvir leva tempo, prática e paciência, mantêm vivo o respeito, a amizade e a confiança depositada em nós. Faz com que nossos clientes, colegas, filhos, cônjuges e namorados sintam-se como pessoas importantes e privilegiadas

Texto original de Kátia Horpaczky – Psicóloga pela FMU – Resumido.

Post(008) – Maio 2009

domingo, 17 de maio de 2009

Respeito

- Aprenda a observar, toda a manhã a natureza nos ensina o retorno da vida.

Este conselho fazia parte da filosofia nativa de algumas tribos do oeste norte americano.

Para eles a observação da natureza era uma das mais importantes regras da vida.

Levando-os a um profundo conhecimento da influência dos ritmos e ciclos de todas as formas de existência, traduzida em lições que sobreviveram ao tempo.

O imenso respeito que dedicavam à vida fazia com que buscassem o reencontro com os ensinamentos e fluxos da natureza e com o seu próprio mundo interior.

Observando o ciclo na natureza eles perceberam sua conexão com o todo e que tudo esta interligado  ‚ inseparável, visível, invisível, corpo e o espírito.

Podemos ver as verdades que estão no nosso intimo observando:

- Os ciclos de dia e noite que nos falam da ação e do descanso;

- O ciclo das águas que nos ensinam que a vida corre para aquilo em que nos concentramos, bom ou ruim;

- A superioridade de alguns animais que  o exemplo temos para tomar-nos emprestado as características necessárias para dados momentos;

- A  água, a terra e o fogo mostram-nos os múltiplos temperamentos;

- A luz e a sombra que apontam para a dualidade de toda a existência;

- O plantio, a colheita, a imponência das matas; .

Se soubermos observar e perceber a natureza, compreenderemos toda a sabedoria nela inserida e transmitida pelos seus seres, pelo vento, pelo trovão, pela chuva, pela natureza cada ser possui seu território, cada um respeita o seu espaço e que são invadidos em situação extrema de sobrevivência.

Os ameríndios sabiam muito bem como usar este conhecimento.

O homem moderno perdeu-se ao estancar, com barreiras de um racionalismo excessivo, sua conexão com a natureza, chegando a dizer que isto é bobagem.

Deixando de perceber que ao sairmos de nosso espaço tornamo-nos hóspedes de algum espaço alheio.

Fonte: Texto original de Débora F. Paludo publicado em um jornal local - Resumido

Post(010) - Maio 2009

Condições de êxito

 Evidentemente é assim:

– Todo efeito belo que produzimos nos proporciona um inimigo;

– Para ser popular e querido é indispensável ser uma mediocridade;

– Nada aflige mais os indivíduos do que a certeza da superioridade alheia.

E por ser assim é que:

– Somente aqueles cuja inteligência plana e opaca não faz sombra nem ofusca, é que são queridos e admirados;

– Para triunfar é preciso cultivar, com sutil sabedoria, a arte de ser medíocre.

De resto, o público, só se sente à vontade, quando ouve uma mediocridade. Para triunfar, deve-se ser prudente e modesto – Sua sabedoria, não deve humilhar ninguém.

É a única maneira de evitar ódios e despeitos. É por isso que os contemporâneos geralmente julgam tão mal os mestres do seu tempo. Ao ponto que a obra criativa de um homem só ser aceita e lembrada depois de sua morte. Por isso mesmo não devemos dar muita importância a critica imponderada.

Pois a verdade é esta:

Os mestres morrem na tarefa, sem nunca a concluir, na busca de algo que não tem nome e sem o qual, no entanto, nada seria empreendido na face da terra.

Fonte: Citações de Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde, escritor irlandês.

Post(004) - Maio de 2009

O único animal

 

O homem é o único animal que ri dos outros,

Que passa por outro e finge que não vê e

Que acha que Deus é parecido com ele.

Mas é o único …que se veste, que veste os outros, que faz sexo escondido, que senta e cruza as pernas, que pensa que é eterno,  sabendo que vai morrer, que não tem uma linguagem comum a toda a espécie, que se compara com os outros e que faz leis e não as cumpre.

Não é o único que mata, mas é o único que manda matar,

Não é o único que voa, mas é o único que paga por isto.

Não é o único que engole sapos, nas é o único que não faz isso pelo valor nutritivo.

Não é o único que constrói uma casa, mas é o único que passa o resto da vida pagando.

Que trai, poliu e aterroriza, mas é o único que se justifica.

É o único não escolhe seus líderes entre os mais fortes e capazes.

É o único que escreve mesmo sabendo que na maioria das vezes não será lido.

Texto de Luiz Fernando Veríssimo, publicada em uma revista semanal em 12/11/1986, resumido.

Post(005) -Maio de 2009 – NG Canela

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A carroça vazia


 

Conta à história que:


Certa manhã, meu pai convidou-me para dar um passeio no bosque, o que eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você esta ouvindo mais alguma coisa?
– Estou ouvindo o barulho de uma carroça, respondi.
– Isto mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia…
– Como podes saber se a carroça esta vazia, se ainda não a vimos?
– Ora, respondeu o meu pai, é mito fácil saber que a carroça esta vazia. É por causa do barulho que faz.
E continuando completou:
– Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho ela faz.
E hoje, já adulto, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando, inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo, querendo demonstrar que é dona da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir meu pai dizendo:
– Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho ela faz.


Texto de autor desconhecido publicado em um jornal local.
Post(011) – Maio de 2009

Dá para escolher

Eis uma verdade: dá para escolher!

– Todo o dia ao levantar, eu procuro me lembrar: dá para escolher!

– Não estamos jogados ao leu, nas mãos do destino.

– Não temos controle sobre tudo, mas, dá para escolher: entre ter amigos ou viver recluso, entre privilegiar um amor ou ter vários casos superficiais, entre participar de um projeto ou ficar fora apenas criticando.

– Dá para escolher: entre aprender a lidar com o estresse urbano ou se refugiar num lugar tranquilo, entre levar a vida com bom humor ou na ponta da faca.

– Tudo é uma escolha, conformar-se em ser velho ou ter um espírito jovem. O estado de espírito é que vai determinar: o mais simples ou o mais complicado, o mais solitário ou o mais social, o mais produtivo ou o mais inerte.

– Dá pra escolher: entre ser carnívoro ou vegetariano, entre fumar e ou não beber, entre ler um livro ou jogar paciência, entre escolher ou não escolher.

– Se a escolha for acertada, isto já é outro assunto, acertos e erros não estão em pauta, o que importa é ter consciência que: esperar que a vida escolha por nós não é uma boa opção.

Texto de Martha Medeiros, publicado em um jornal local, resumido.

Post(006) – Maio 2009.