– Quem trouxe o costume de tomar chimarrão para o Rio Grande do Sul foram os índios Guaranis, há 4.400 anos. Acreditavam que a erva-mate era sagrada, presenteada por Tupã. Bebiam o mate apenas como chá.
– Quem desenvolveu o chimarrão de hoje foram os Jesuítas que forçadamente
tiveram de matear. Primeiro eles tentaram tirar o costume dos índios, que
passavam o dia tomando chimarrão e trabalhando pouco (*). Ouve então a
proibição pelos padres, ficando acertado entre eles de tomar chimarrão antes e
depois do trabalho, ou seja, de manhã cedo e no final da tarde.
– Os jesuítas diziam aos índios que esta erva era do Diabo, que Deus não permitia o uso dela.
Os índios venceram os padres, argumentando que se foi Deus que criou todas as
coisas e ele também tinha criado a erva-mate para os homens.
Por isso, pela necessidade da força de trabalho do índio, os padres aderiram ao
costume e terminaram desenvolvendo a sua forma atual de consumo.
– O Chimarrão que era apenas a infusão da erva-mate em água quente, bebido numa
cabaça através de um tubo de bambu, passou a ser cancheada, sapecada, seca no
carijó, moída, sendo finalmente ajeitada em uma cuia, adicionada água quente e
sugada pela bomba de metal, tornando-se um acontecimento social.
-Hoje temos diversas marcas a disposição no mercado e como dizem os Gaúchos:
– Quem mateia fala com o seu interior.
(*) Em algumas repartições públicas, este hábito ainda perdura.
Fonte: Cartilha de erva-mate e
chimarrão da cidade de Venâncio Aires, Capital Nacional do Chimarrão –
Post(025) – Agosto 2009